Clã - Catalogue Raisonné

2009 ficou marcado neste Blog pelo completo abandono de quase todos os seus colunistas, exceto um: Francis Bacon, o que transformou o Porcaria Sonora praticamente um Blog pessoal dele (o que melhorou consideravelmente a qualidade do Blog pelo que percebemos nos comentários de nossos leitores).

Mas, como já é de tradição, EU, Ringo Bacon, farei o último post do ano neste Blog! (Toma essa Francis!)

Se 2008 foi um ano estranho, 2009 foi um ano parado e sem graça... Nada aconteceu, nada muda... (obs.: F*da-se o mundo, estou falando da minha vida particular).

No meio desse marasmo todo, acabei indo ver um show da banda portuguesa Clã (completamente no escuro, sem nunca ter ouvido nenhuma música deles na minha vida) e saí de lá impressionado com o show deles! Uma grande banda, com músicas ótimas e uma presença de palco hipnotizante!
Tal show marcava o lançamento deste disco, Catalogue Raisonné (2009), o primeiro disco oficialmente lançado no Brasil desta banda. É uma coletânea que apresenta ao público brasileiro esta banda que já conta 13 anos desde seu disco de estréia.
Apesar do completo desligamento da banda com o mercado brasileiro, eles têm uma forte ligação com nossa música, contando com parceria com John Ulhoa (do Pato Fú) e Arnaldo Antunes.

Obs.: Mesmo este sendo um post de Ringo Bacon, acredito que Francis Bacon e seus seguidores também gostarão. Pegue este bacon e que 2010 seja tão surpreendente quanto o Clã!

Clã - Catalogue Raisonné (2009)

1. Carrossel Dos Esquisitos
2. Dançar Na Corda Bamba
3. H2Omem
4. O sopro do Coração
5. Fahrenheit
6. Eu ninguém
7. Uma mulher da Vida
8. Problema de Expressão
9. Lado Esquerdo
10. Consumado (com Arnaldo Antunes)
11. Competência Para Amar
12. Novas Babilónias
13. Sangue Frio
14. Pois é (não é?)
15. G.T.I (Gentle, Tall & Intelligent)

Lovisa Lindkvist - Candy Bossa

Viva Suécia!!!

Lovisa é uma fantástica cantora de jazz sueca (!!!) que demonstra uma maturidade musical muito maior do que seus 28 anos poderiam prometer. Filha de um fantástico músico de jazz, esse é seu segundo álbum em que ela escolhe como repertório basicamente canções de Tom Jobim, com letras em inglês. Apesar disso, não estamos falando aqui de um álbum de bossa nova mas de jazz. E isso fica logo muito claro no impacto que causa a primeira frase cantada por Lovisa e nos primeiros acordes de piano.

O piano, aliás, é a segunda voz desse álbum. Completamente diferente diferente de qualquer arranjo de Tom Jobim, ou que qualquer outra versão que eu conheça dessas canções, os arranjos de piano são em grande parte responsáveis pelo ar renovado que esse álbum de Lovisa consegue dar a essas canções tão manjadas, regravadas e repetidas. E ela consegue fazer isso até mesmo com "Girl From Ipanema". Isso sim é talento!!!

Bacon!

Lovisa Lindkvist - Candy Bossa (2009)

01. Desafinado
02. So Many Stars
03. Triste
04. Someone To Watch Over Me
05. Two Kites
06. Blue In Green
07. Dreamer
08. Girl From Ipanema
09. Estate
10. Call Me
11. Meditation
12. Waters Of March
13. How Insensitive
14. Once I Loved
15. Like A Lover

Paloma Faith - Do You Want The Thruth Or Something Beautiful?

Álbum de estréias GENIAL dessa atriz e cantora inglesa dona de uma voz fantástica e um bom gosto indescritível. Super bem produzido, tirando partido de influências visuais e sonoras retrô, seu primeiro single "Stone Cold Sober" realmente mereceu o elogio de "magnífico" que recebeu do jornal inglês "The Sun".

Vc vai reconhecer uma certa familiaridade com o som de Amy Winehouse, Joss Stone, Duffy, etc. Ou seja: estamos falando de uma vocalista feminina com uma voz poderosa, músicas pop, com um ar meio black e soul music. Mas Paloma consegue sobreviver a essas comparações ainda sendo única: seu carisma, a qualidade de suas composições, o bom gosto e cuidado com a produção de suas músicas. E essas coisas a tornam uma grande promessa de continuidade nesse mundo tão descartável da música.

Todas as canções são muito boas, potenciais singles. No entanto, chamo a atenção para o ótimo arranjo da animadíssima "Upside down", para o seu segundo single "New York" e "Somoke and Mirrors", minhas favoritas.

Bacon!


Paloma Faith - Do You Want The Thruth Or Something Beautiful? (2009)
1. Stone Cold Sober
2. Smoke & Mirros
3. Broken Doll
4. Do yoU Want The Truth Or Something Beautiful
5. Upside Down
6. Romance Is Dead
7. New York
8. Stargazer
9. My Legs Are Weak
10. Play On

Per Gessle - Gessle Over Europe

Viva Suécia!!

Sim! Ele está de volta! E eu insisto!!! hahahahaha

Mr. Gessle resolveu, finalmente, tirar do armário e tomar posse de algumas de suas melhores composições gravadas e tornadas famosas pelo Roxette (banda dele com Marie Fredriksson). Evidente que sua fama dentro da suécia não garantiria o sucesso de uma turné sua pela europa. Dessa forma, a estratégia era garantir o interesse do público com músicas conhecidas como "Listen to your heart", "Joyride" e "It must have been love".

Nada de baladas mela cueca: a base do set list são músicas agitadas, prá pular e cantar junto. O resultado é uma releitura pessoal, muito mais rock e rejuvenecida de músicas novas e antigas. Curioso é que, do novo álbum, supostamente divulgado por esse turné, só comparece uma ótima canção: "Doesn´t make any sense".

Com direito a uma ótima cover dos The Monkees ((I'm not your) Steppin' Stone) chamo atenção para a linda versão intimista de "Queen of rain", música que Gessle sempre relatou ser uma de suas composições das quais ele mais se orgulha. A divertida versão de "The look" e a enérgica versão de "Sleeping in my car" dão o tom do álbum: música prá se divertir e ouvir no último volume!!!

Retire seu bacon aqui.

Bacon!

Per Gessle - Gessle Over Europe (2009)

01. Dressed for success [Cologne]
02. Drowning in wonderful thoughts about her [Cologne]
03. Stupid [London]
04. Wish I could fly [London]
05. She doesn’t live here anymore [Copenhagen]
06. 7Twenty7 [Amsterdam]
07. I have a party in my head [Amsterdam]
08. Late, later on [Amsterdam]
09. Listen to your heart [Cologne]
10. Do you wanna be my baby? [Copenhagen]
11. Opportunity nox [London]
12. Doesn’t make sense [Cologne]
13. Joyride [Stockholm 2]
14. C’mon [Warsaw]
15. Are you an old hippie, sir? [Warsaw]
16. It must have been love [Cologne]
17. The Look [Halmstad]
18. Hey mr DJ [Amsterdam]
19. (I’m not your) Steppin’ stone [Munich]
20. Sleeping in my car [Amsterdam]
21. Queen of rain [Cologne]

Mojave 3 - Out of tune

Esse é, sem dúvida nenhuma, o melhor álbum desse trio de ingleses, composto de ex integrantes da histórica banda Shoegazing dos anos 80/90 Slowdive.

Músicas com muito violões, teclados, slide guitars, explorando ambientações, silêncios e texturas. É um rock delicioso e envolvente, ótimo para deixar rolando e repetindo, repetindo... Prá quem curtiu bandas como January (aqui) ou Barzin (aqui) já postados aqui no blog, vai amar esse álbum.

"Caught Beneath Your Heel" começa como se fosse um hino religioso, para se intensificar após o primeiro refrão e virar uma linda e dolorosa canção de amor. "Give What You Take" é animada com seu lalala contagiante. E por fim a incrível "This Road I'm Travelling" que é um bônus do álbum lançado só nos EUA. Fantástica!

Bacon!



Mojave 3 - Out of tune (1998)

1. Who Do You Love
2. Give What You Take
3. Some Kinda Angel
4. All Your Tears
5. Yer Feet
6. Caught Beneath Your Heel
7. This Road I'm Travelling
8. Keep It All Hid
9. Baby’s Coming Home
10. To Whom Should I Write

Iron and Wine - Live at the Triple Door

Relutei muito em postar esse álbum. Em primeiro lugar, porque não é um álbum: é o áudio da mesa de som (ótima qualidade) de uma apresentação que Sean Bean (o homem por detrás do Iron and Wine) fez, voz e violão, em Seattle esse ano. Em segundo, porque postei há poucas semanas aqui um outro álbum ao vivo do Iron and Wine. Mas mesmo com o risco de vcs me acharem obsecado por ele, aqui está ele postádo, porque afinal é genial!.
O repertório é basicamente de músicas inéditas ou b-sides e o formato voz e violão reforça duas impressões que eu já tinha sobre Sean: que ele é um timo músico (ele faz milagres sozinho ao violão) e a força poética de suas letras que aqui aparecem em primeiro plano. E isso é muito importante porque nas gravações em estúdio a voz (e as letras) ficam sempre em segundo plano. Eu por exemplo já tinha ouvido mil vezes a canção "Dead´s man Will" (lançada no EP com o Calexico "In the Reins" ) e eu nunca tinha me dado conta de quão linda é sua letra.
Destaco a belíssima canção inédita "Mary Anne" e a deliciosa versão da "Naked as we came", de seu primeiro álbum. Mas minha favorita dessa apresentação é o lado B "Belated Promise Ring", deliciosa (inclusive pelo erro de Sean no meio e seu bom humor para retomá-la logo em seguida).

Bacon!

Iron and Wine - Live at the Triple Door, Seattle WA 2009-05-05 (2009)

01. Intro
02. Such Great Heights (Postal Service)
03. In Your Own Time
04. Dead Man’s Will
05. Jesus The Mexican Boy
06. Belated Promise Ring
07. Cinders & Smoke
08. Sixteen, Maybe Less
09. Morning
10. Pagan Angel
11. Jezebel
12. Passing Afternoon
13. Mary Anne
14. Two Hungry Blackbirds
15. Naked As We Came
16. Love You, This Hound
17. Trapeze Swinger
18. He Lays In The Reins

Hayden - The Place Where We Lived

Esse é o sexto álbum desse canadense, cantor e compositor. A espontaneidade de não ter (aparentemente) muita pretensão além de fazer (boa) música conquista o ouvinte logo de cara.

Com uma sonoridade basicamente folk de violões, gaitas e slide guitars, melodias simples mas eficientes, as músicas vão quase se emendando e nos conduzindo através um belo universo cheio de poesia e revelando-se mais e mais interessantes a cada audição.

"The Place Where We Lived" é uma de minhas favoritas (o arranjo lembra um pouco os álbuns do Chris Isaak e do Roy Orbison). Outras duas ótimas são as animadinhas "Let's Break Up" e "Message From London".

Ótima trilha para um sábado de chuva...

Bacon!!!


PS: linda capa, não?


Hayden - The Place Where We Lived (2009)

01. The Place Where We Lived
02. Message From London
03. Disappear
04. Living Grows On You
05. When The Night Came And Took Us
06. Let’s Break Up
07. The Valley
08. Dilapidated Heart
09. Never Lonely
10. Let It Last

Elisa Paraíso - Da Maior Importância

Apadrinhada por alguns ótimos músicos que assinam os arranjos desse seu álbum de estréia (como Guinga, Benjamim Taubkin e Andre Mehmari), a doce voz da mineira Elisa Paraíso é a verdadeira estrela e linha condutora desse álbum.

A base instrumental é o piano, baixo e percussão, com alguns violões. O repertório é quase todo de sambas e os arranjos (especialmente dos pianos) namora com o jazz passando bem longe da bossa nova. Essa é uma combinação certeira em beleza e elegância, mas bem diversa daquilo que cai no gosto popular.

Mesmo gravando canções pouco conhecidas de grandes compositores (como Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Batatinha) as grandes música do repertório desse álbum são as de autoria dos novos nomes, em especial as da dupla de mineiros Kristoff Silva e Makely Ka, como a linda "Em Pé no Porto" (que inclusive dá nome ao mais recente álbum de Kristonff). Essa gravação soa quase tão familiar como se fosse uma antiga canção de Chico Buarque. E chegar a esse resultado é um mérito alcançado por pouquíssimos compositores e intérpretes.

Bacon!


Elisa Paraíso - Da Maior Importância (2008)

01. Da Maior Importância (Caetano Veloso)
02. Coração Vulgar (Paulinho da Viola)
03. Teixeira (Vitor Santana-Gilberto Satar)
04. Mulher do Norte (Kristoff Silva-Makely Ka)
05. Imitação (Batatinha), com Teresa Cristina
06. Em pé no Porto (Kristoff Silva-Makely Ka)
07. Mané Fogueteiro (Braguinha), com Guinga
08. Santo Forte (Kristoff Silva-Makely Ka)
09. Pássaro Pênsil (Flávio Henrique-Carlos Rennó)
10. Mar Deserto (Kristoff Silva-Makely Ka)
11. Can´t Find my way Home (Steve Winwood)

Iron and Wine - Norfolk

Já dizia Faustão: "quem sabe faz ao vivo!". E eu sempre fui da mesma opinião: apenas as boas canções e bons músicos sobrevivem a apresentações ao vivo. Músicas "montadas" em estúdio e pop farsas musicais só conseguem soar "razoáveis" com uma super produção de apoio (coreografias, figurinos, produção, dançarinos(as) com apelo sensual, bandas numerosas, etc).

Iron and WIne sabe e faz muito bem ao vivo. Alternando o formato voz e violão com a banda completa, Sean Bean mostra toda a força poética, melódica e instrumental de suas músicas nesse registro de ótima qualidade feito pelo selo Sub Pop de um show aleatório da turnê de divulgação do EP Woman KIng (post aqui) em 20 de Junho de 2005. E é realmente impressionante o talento desse cara...

Canções que em seu registro original soam apáticas e sem graça ganham renovado interesse e vitalidade no palco. Exemplo é "Upward Over The Mountain", sem graça na gravação original que ao vivo vira uma contagiante balada hipnótica, minha favorita do álbum. Destaco também "My Lady's House", linda canção do EP divulgado pela turnê e "The Trapeze Swinger" a interminável canção épica que foi escrita para a trilha sonora do filme "In Good Company". A letra é de arrepiar de tão linda: "please, remember me... "

Bacon!
Iron and Wine - Norfolk (2009)

1. Sunset Soon Forgotten
2. Jezebel
3. Woman King
4. Free Until They Cut Me Down
5. Evening on the Ground (Lilith's Song)
6. Love and Some Verses
7. Bird Stealing Bread
8. The Night Descending
9. Naked as We Came
10. Communion Cups and Someone's Coat
11. Fever Dream
12. On Your Wings
13. Freedom Hangs Like Heaven
14. Upward Over The Mountain
15. Teeth in the Grass
16. Southern Anthem
17. My Lady's House
18. The Trapeze Swinger

David Kitt - The Nightsaver

Esse é um álbum cheio de autêntica música pop!!!

Sabe aquelas músicas que começam a tocar em todas as rádios, todo mundo conhece, adora e nunca sabe de que banda é? Daquelas que viram a música da sua vida e que vc ouve repetidamente até o ponto em que suas primeiras notas desencadeiam a lembrança mental da música inteira numa fração de segundos? Daquelas que vc ouve tanto e tão apaixonadamente que chega ao ponto de saturação em que não consegue nem lembrar que a música existiu? Pois esse é um álbum repleto de músicas com esse potencial.

Minha primeira favoririta foi "i´m yours". Ouça e depois me conte se a música não grudou para sempre no seu cérebro... Porque esse rif de guitarra grudou no meu...

Bacon!



David Kitt - The Nightsaver (2009)
1. move it on
2. it's yours
3. beat a retreat
4. learning how to say goodbye
5. alone like that
6. use your eyes
7. a real fire
8. nobody leaves
9. don't wake me up
10. no truth in your eyes

Trashcan Sinatras - In The Music

Nunca tinha ouvido falar desses escoceses mas diz que eles estão na estrada desde 1987 (!) e que esse é seu quinto (!) álbum. Eles realmente soam como uma banda séria com alma de anos 80, algo na levada ou na produção das músicas, não sei bem, mas a primeira música ("People") do álbum é um ótimo exemplo dessa sonoridade.

As músicas são ótimas, refrões fáceis, melodias grudentas, boa elaboração instrumental. Dá muito impressão de ser um trabalho de composição coletiva da banda, com contribuições de todos. E a sensação é de se estar ouvindo uma estação de rádio com grandes sucessos de algum momento no tempo, que soam familiares mesmo que vc nunca as tenha ouvido antes.

Recomendo "Easy On The Eye", com sua levada dançante. Adoro "I Hung My Harp Upon The Willows" que me lembra muito "When the night comes", do Bryan Adams (mesma sequência de acordes, talvez...). "Prisions" é das mais pops (e me lembra tanto Cosmic Rough Riders...) e "I Wish You'd Met Her" com sua guitarra deliciosa, refrão contagiante... vontade de ouvir tudo de novo!

Turn Your Bacon Station on!!!


Trashcan Sinatras - In The Music (2009)
01. People
02. Easy On The Eye
03. In The Music
04. I Hung My Harp Upon The Willows
05. Prisons
06. Should I Pray
07. Morning Star
08. Oranges & Apples
09. The Engine
10. I Wish You'd Met Her

Graveola e o Lixo Polifônico

Esse álbum foi uma grande surpresa prá mim. Um dos cara da banda nos mandou um e-mail dizendo que estavam disponibilizando para donwload o primeiro álbum deles, prá gente ouvir e divulgar se curtisse. Eu baixei e coloquei prá tocar, sem botar muita fé. Assim que começou a primeira faixa, meu queixo caiu... Fiquei perplexo com a qualidade das músicas, dos músicos, das letras, dos arranjos, a diversidade de instrumentos orquestrados de forma enxuta e precisa.

Brincando com estilos e sonoridades inesperadas o álbum todo é muito bom, acima da média. Desde Los Hermanos (que Deus os tenha) e de Danilo Moraes eu não me deparava com uma banda tão interessante e relevante. Além de lindas imagens poéticas e cadências sonoras as letras ainda são divertidas e inteligentes, cheias de citações insinuadas, quase escondidas, a músicas do nosso cancioneiro inconsciente coletivo (como a frase melódica da "Balada do Louco" dos Mutantes e da "As canções que você fez prá mim" de Roberto e Erasmo, ambas na linda "Os dois Lados da canção").

Além de "Outro modo" que abre magnificamente bem o álbum, outros pontos altos são a belíssima "Amaciar a dureza" e o bolero pastelão "Benzinho", com sua letra hilária no melhor estilo Falcão ("I´m not do no"). Ainda recomendo a divertida "Insensatez: a mulher que fez" (adoro o solo de clarinete no meio!) que deveria se chamar "Insensatez (are you shure?)".

Bacon!


Site do Graveola


Graveola e o Lixo Polifônico - Graveola e o Lixo Polifônico (2009)

1. Outro modo
2. Suprasonho
3. Samba de outro lugar
4. Antes do azul (papará)
5. Amaciar dureza
6. Ensolarado
7. Dois lados da canção
8. Do alto
9. O quarto 217 (As aventura de Dioni Lixus)
10. Benzinho
11. Insensatez: a mulher que fez
12. Chico Buarque de Holanda vai à copa de 2006
13. Cidade

Per Gessle - Party Crasher

Viva Suécia!!!

A versão curta é que o grande mérito do sr. Gessle é seu talento em compor músicas populares, grudentas, que te levam a repetições incessantes, com apoio de ótimos músicos e com uma fantástica experiência com produção musical. Isso tudo explica porque o cara está comemorando 30 anos na música pop e ainda chega aos topos das paradas na suécia a cada trabalho lançado anualmente.

Destaco minhas favoritas: a baladinha "Breathe Life into Me", com sua guitarra deliciosa, e a absolutamente despropositada "Thai With a Twist", divertida e animada. "Doesn´t make sense" é outra das favoritas do álbum: uma balada com letra romântica/ apaixonada/ bobinha, divertida e muito sincera.
No pacote vai um brinde: a música que Gessle compôs para a abertura do programa da Tv sueca Roberta Right.
Retire seu bacon Aqui!

Bacon!

Per Gessle - Party Crasher (2009)
1. Silly Really
2. Party Pleaser
3. Stuck Here With Me
4. Sing Along
5. Gut Feeling
6. Perfect Excuse
7. Breathe Life into Me
8. Hey, I Died and Went to Heaven
9. Kissing Is the Key
10. Thai With a Twist
11. I Didn't Mean to Turn You On
12. Doesn't Make Sense
13. I'm Glad You Called
14. Theme From Roberta Right (bonus track)

Márcio Faraco - Um Rio

Márcio Faraco é um dos grandes nomes da música popular brasileira contemporânea. Talentoso violonista, cantor e compositor, precisou como tantos outros fazer sucesso primeiro no exterior para ganhar atenção por aqui.

“Um Rio” é seu quarto álbum, repleto de músicas delicadas e saborosas que passeiam entre o samba e o jazz, mas sem o compromisso de agradar a nenhum público em especial. Além da linda "Cidade Miniatura" que conta com a participação de Milton Nascimento nos vocais, recomendo também a bossa nova "A Quoi Ça Sert L'amour" e a Caymmiana "No Balanço Do Mar", minha favorita.

Este é um álbum para deixar rolando quando estiver sozinho ou com amigos, cozinhando, fazendo preguiça numa tarde de sol ou de chuva...

Bacon!

Márcio Faraco - Um Rio (2008)
01. Kanoe
02. Um rio
03. Cidade miniatura (com Milton Nascimento)
04. A quoi ça sert l'amour
05. Berceuse
06. Rua abaixo
07. Adrenalina
08. Em segredo
09. O guardador de rebanhos
10. No balanço do mar
11. Calmaria

Guster - Ganging Up On The Sun

Guster é uma ótima banda indie/ folk/ pop, há mais de dez anos na estrada com um som na mesma linha de Josh Rouse (posts aqui e aqui): músicas simples, com instrumentos tradicionais, sem muita produção/ maquiagem de som. É uma banda que soa tão bem em estúdio como ao vivo. E isso para mim é importante um termômetro de qualidade e sinceridade da produção musical de uma banda.

Visitando o blog amigo MúsicaSocial essa semana me deparei com um Bootleg de um show de divulgação desse quinto e mais recente álbum da banda: Ganging Up On The Sun, que é genial! E resolvi postar esse álbum aqui.

Se vc ouvir a faixa "Satelite" e não se apaixonar, vc seguramente está visitando o blog errado. Um dos melhores singles dos últimos tempos. Violão intenso, baixo delicioso, rif de guitarra simples e marcante, refrão grudento, teclado pós refrão incrível!

Outras duas paixões garantidas: "The Captain" e "Manifest Destiny".

Depois que vc estiver apaixonado, vai lá no blog MúsicaSocial e baixa o show (link aqui)!

Bacon!!!


Guster - Ganging Up On The Sun (2006)

1. Lightning Rod
2. Satellilte
3. Manifest Destiny
4. One Man Wrecking Machine
5. Captain, The
6. The New Underground
7. Ruby Falls
8. C'Mon
9. Empire State
10. Dear Valentine
11. The Beginning Of The End
12. Hang On

ALO - Fly Between Falls

A pop-hippie banda californiana Animal Liberation Orchestra (carinhosamente conhecida com o apelido ALO) ganhou visibilidade mundial (?) abrindo shows do Dave Mathews Band e do Jack Johnson (inclusive no show do brasil).

Amigos de infância, montaram a banda durante a faculdade, com o ilustre integrante Jack Johnson. Numa certa altura, seus caminhos se separaram e Jack seguiu carreira solo, lançando seus álbuns por seu selo próprio. Mas a ligação permanece e é sob esse seu selo que esse primeiro álbum do ALO é lançado em 2005.
Músicas deliciosas, o álbum contagia do começo ao fim, indo muito além do folk pop de Jack Johnson ou de Donavon Frankenreiter, avançando por composições mais complexas e arranjos mais elaborados. Algo como quase o registo de uma sessão de improvisos.

Minhas favoritas: "Spectrum" "Waisting Time". Sem falar no grande single desse álbum "Girl, I Wanna Lay You Down", que conta com a participação do tão falado sr. Johnson.

Bacon!
ALO (Animal Liberation Orchestra) - Fly Between Falls (2005)
1. Spectrum
2. Wasting Time (Isla Vista Song)
3. Girl, I Wanna Lay You Down (com Jack Johnson)
4. Barbeque
5. Walls of Jericho
6. Pobrecito
7. Shapeshifter8. Gardener
9. Waiting for Jaden
10. Fly

Jonathan Johansson - En Hand I Himlen

Viva Suécia!!!

Juro que não sou eu que os procuro. São eles que vem até mim!!!
Sem exageros: esse é um álbum que acaba de ser lançado já com a promessa de ser um dos melhores de 2009. Após ouvi-lo, desprovido de qualquer informação sobre ele, tive que concordar plenamente com essa afirmação lida pós audição.

Álbum de estréia do jovem Jonathan Johansson, chamado ‘En Hand I Himlen’ (“Uma mão no céu”), o álbum se estrutura em arranjos com fortes referências a sonoridades dos anos 80. Clima romântico não meloso, uma produção muito cuidadosa e criativa. Algo que lembra muito o tipo de som do Kings of Convenience, mas em sueco!!! (não se assuste... a língua é super amigável!!!)

A faixa títilo é o primeiro single do álbum, e é ótima. A quinta faixa é uma das minhas favoritas. Tão sueca... (mais fácil por número que por nome, né? rs). A faixa 9 tb é incrível, mas a versão em sueco da manjadíssima "Everybody Wants To Rule The World" do Tears for Fears é impagável!!!

Genial!!!

Bacon!!!

Jonathan Johansson - En Hand I Himlen (2009)
01. En Hand I Himlen
02. Innan Vi Faller
03. Högsta Taket, Högsta Våningen
04. Alla Vill Ha Hela Världen (Everybody Wants To Rule The World) (Tears for Fears cover)
05. Aldrig Ensam
06. Sent För Oss
07. Du Sa
08. Efter Skimret, Efter Snön
09. Säg Vad Ni Vill
10. Psalm Noll Noll

Rita Redshoes - Golden Era

Cãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaes!!! Deletaram meu post da portuguesa!!!

Só de birra vou postar de novo, mas diferente, prá eles não perceberem! hahahahahahahahahaha

De qualquer forma, vou manter meu comentário pertinente comparando a Rita Redshoes com nossa Mallu Magalhães: a história das duas é bem parecida, porque as duas jovens cantoras e compositoras estouraram com algumas músicas lançadas no site MySpace. A diferença é que Rita não é chata...

Será que foram os fans da Mallu Magalhães que me denunciaram??? Se eu descobrir que foi, denuncio o Marcelo Camelo por pedofilia e ela vai ver só!!! hahahahhaa

Cantando em inglês, com arranjos divertidos, criativos e muito, muito, muito bem feitos, Rita nos brida com esse lindo álbum de estréia. Vale a pena dar uma chance: é paixão garantida. Impossível não se impressionar com a qualidade da canção "Hey Tom" ou a leveza divertida de "The Begining song". Ambas, aliás, singles do álbum, que ganharam clipes muuuuuuuuuuito bons!
E daí fica aqui o link escondido do álbum! Ou, como alguns leitores preferem: retire seu Bacon aqui!

E: não, a moça não canta com sotaque!!!

Bacon!



PS: acabou de me ocorrer que os leitores portugueses que cairem nessa página procurando o álbum da Rita podem passar semanas procurando o link sem entender esse papo de "Retirar o Bacon"!!! Hahahahahahahaha

Rita Redshoes - Golden Era (2008)

01. To Start...
02. The Beginning Song
03. Hey Tom
04. Choose Love
05. Oh My Mr. Blue
06. Golden Era
07. Once I Found You
08. Dream On Girl
09. Blue Bird On A Sunny Day
10. Minimal Sounds
11. Your Waltz
12. Love, What Is It ?
13. Love Is, Love You

Amelia Curran - War Brides

Mais um álbum da série: "álbuns incríveis com capas questionáveis"...

Amelia Curran é uma cantora compositora canadense altamente influenciada por Leonard Cohen, Neil Yoyng e Tom Waits, tanto no estilo musical, como na temática e qualidade das letras. Essa moça já foi descrita como "uma performer capaz de cantar, beber uma cerveja e fumar cigarros ao mesmo tempo... harmoniosamente!!!". Amélia é que é mulher de verdade!!! hahahahaha

War Brides é seu quarto álbum e foi lançado de forma independente em 2006, para apenas em 2008 ganhar um lançamento decente. Ele é todo em clima intimista, minimalista. Quase um álbum caseiro pela simplicidade dos arranjos, na economia de instrumentos.

"Scattered & Small" que abre o álbum é uma linda canção sobre decepção amorosa , voz, violão e acordeon, melancólica e emotiva, daquelas que te conquistam em 5 segundos e te deixam arrepiado e sorridente ao mesmo tempo...

Outros pontos altos desse álbum são a pop "You Won't Find Me" com sua letra divertida e refrão delicioso, "All The Ladies" cuja letra dá nome ao álbum e "Time's A Ticker" em que vc jura que está ouvindo Pretenders. Mas minha favorita, e eu sempre tenho uma, é a divertidíssima "The Sunday Song". Os sopros dão um clima meio bêbado, meio patética para a música com sua letra que diz que ninguém vai te telefonar, ninguém virá. E isso é uma das riquezas de Amelia Curran: transformar até uma desgraça como estar sozinho e abandonado em algo que te faz sorrir e achar graça.

Bacon!



Amelia Curran - War Brides (2006)

1. Scattered & Small
2. The Furious Curve
3. You Won’t Find Me
4. Time’s A Ticker
5. Devils
6. Everything I’ve Got To Give
7. All The Ladies
8. Just A Tuesday
9. Love’s Grave
10. The Sunday Song

Barzin - Notes to an Absent Lover

Esse é um álbum belíssimo, de canções universais, dessas que apaixonam qualquer um, de qualquer idade, qualquer gosto musical...

Músicas simples e muito bem trabalhadas, explorando os silêncios, com economia de instrumentos e delicadeza nos arranjos. Lembra um pouco Damian Rice, (sem tanta dor de cotovelo, ou iminências de suicídios...) em canções como "Words tangled in blue". Também lembra muito os January (post aqui) no tipo de música que eles fazem: melodias simples e bonitas, arranjos elegantes, vocalista com voz grave e discreta.

"Soft summer girls" foi a primeira música a me apaixonar, com seu rif de guitarra delicada no refrão, a slide guitar criando o ambientação de fundo, a percussão discreta... "Look what love has turned us into" é a música mais pop e animada do álbum (e é outro dos pontos altos).

Música prá deixar rolando, ouvindo, ouvindo, ouvindo. Ótimo para uma tarde cinzenta e chuvosa. Também é uma ótima alternativa ao John Mayer para momentos mais "íntimos"! hahahahaha

Bacon!


PS: Deixem comentários, Poxa!!!


Barzin - Notes to an Absent Lover (2009)

01. nobody told me
02. words tangled in blue
03. soft summer girls
04. queen jane
05. when it falls apart
06. lost
07. stayed too long in this
08. look what love has turned us into
09. the dream song

Belle and Sebastian - The BBC Sessions #2

Como prometido em post anterior finalmente consegui localizar a parte 2 do álbum duplo de gravações ao vivo lançado por Belle and Sebastian ano passado.

Essa segunda parte do álbum trata-se de um show, gravado na Inglaterra, com ótima qualidade de som e com um repertório que inclui canções pouco manjadas como "There´s too much love" (que é das minhas favoritas de todo o repertório deles), canções bem manjadas como "The Boy with the arab strap" (sempre genial!) e até uma cover dos Beatles ("here comes the sun").

Bacon!


Belle and Sebastian - The BBC Sessions (2008)
CD 2 - Live in Belfast (12/21/01)

01 Here Comes the Sun
02 There's Too Much Love
03 The Magic of a Kind Word
04 Me and the Major
05 Wandering Alone
06 The Model
07 I'm Waiting for the Man
08 The Boy With the Arab Strap
09 The Wrong Girl
10 Dirty Dream #2
11 The Boys Are Back in Town
12 Legal Man

Joe Crookston - Able Baker Charlie & Dog

Muitas das músicas desse álbum foram inspiradas em histórias reais, coletadas por Joe Crookston. Mas bons temas não fazem necessariamente boas músicas. É preciso muito talento nesse meio de caminho. E isso, senhoras e senhores, Joe Crookston tem, de sobra...

Vencedor de uma lista quase infindável de prêmios recentes por suas músicas (John Lennon, Mountain Stage, Great American Song Contest, Performing Songwriter, etc), parece que tudo que ele faz cai nas graças do público e dos críticos de música. Claro que só fui descobrir isso depois de ouvir mil vezes o álbum, completamente fascinado e apaixonado.

Joe escolhe abrir o álbum com uma difícil tarefa: uma cover da manjadíssima "The Logical Song", do Supertramp. Surpreendemtemente ele se sai muito bem recriando a música num arranjo e interpretação que não lembram em nada a original. Depois disso, ele já ganhou seu respeito e admiração. Você está pronto para ouvir o que Joe tem a dizer.

As músicas são belíssimas e diversificadas. Tem de tudo. Alegres, tristes, melancólicas, divertidas... Letras também: sérias, emotivas, engraçadas... "Blue Tattoo” é uma emocionante canção sobre um sobrevivende do Holocausto contando para o filho como era a vida antes de virem morar na América. "Able baker Charlie and Dog" é inspirada na história de sobrevivência à guerra do avô de Joe. Mas minha favorita é definitivamente "Red Rooster in the Mash Pile", divertidíssima, com direito a uma versão ao vivo no fim do álbum com participação do legentádio pianista de Jazz Molly Macmillan (que participa da gravação do álbum também). Os caras são muuuuuuuuuuuuuuito fodas!

Bacon!



Joe Crookston - Able Baker Charlie & Dog (2008)

1. The Logical Song (Supertramp cover)
2. John Jones
3. Wandering Shepherd
4. Freddy The Falcon
5. Brooklyn in July
6. Red Rooster in the Mash Pile
7. Able baker Charlie and Dog
8. Mending Walls
9. Hands Metal and Wood
10. Blue Tattoo
11. Bird By Bird
12. Red Rooster in the Mash Pile (Live)
13. The Rutabaga Curl (Live)

Sarah Siskind - Studio; Living Room

Nem sei como ela veio parar aqui. Quando vi, já estava. Não sei quase nada sobre essa mulher. Mas sei que não preciso saber nada além daquilo que consigo descobrir ouvindo-a: Sarah Siskind é uma mulher, escancarando sua alma, derramando sentimentos em poesia, com sua voz maravilhosa (que lembra MUITO o timbre da Annie Lennox). E é isso.

Gravado metade em um estúdio (apenas com pianos ou uma guitarra eventual), e metade na sala de estar de sua casa (apenas com voz e violão), esse é um álbum de músicas fantásticas, fortes, dolorosas, intensas, profundas e sinceras. Arranjos enxutos, que não te deixam perder o foco do que importa aqui: melodia, letra, interpretação.

"Love´s for fools" abre o álbum, ecoando a dor melancólica de um amor perdido. "Fool From the Start" é linda, quase um fado, quase uma oração: apenas um dedilhado de guitarra e voz. E a música dói, dói, dói de tão linda, de tão intensa. Essa canção fecha o bloco Studio.

O Lado B, Living Room, abre com minha música obsessiva, de longe a melhor do álbum, paixão a primeira ouvida: "Simple Love". Leve, suave, romântica, fala sobre o amor simples desses casais de antigamente (como nossos avós, ou os pais deles) que vivem juntos uma vida de doação mútua e amor gratuito e sincero, anos e anos e anos: "I want a simple love like that/ always giving never asking back/ When I'm in my final hour looking back/ I hope I had a simple love like that".

Essa é uma mulher que mexe comigo...

Bacon!!


Sarah Siskind - Studio; Living Room (2008)

1. Lovin's for Fools
2. On and On
3. Don't Put Your Horse Away
4. Lessons
5. This Is My Face
6. Fool From the Start
7. Simple Love
8. Daddy
9. I Do
10. I Am Listening
11. Building A Road
12. How Do I Let It All Go

January - i herad myself in you

Do silêncio vem uma melodia discreta, um dedilhado que vira um violão intenso, bateria, guitarras. É assim que começa "All Time": canção simples, que gira em torno de apenas dois acordes. Melancólica e triste, mas absolutamente arrebatadora, intensa, épica. A música vai se construindo, crescendo, ganhando complexidade, até o grande climax. Quando vc se dá conta, está literalmente sem fôlego: mergulhado e submerso na música, refrão, solos adentro...

Esse álbum de estréia da banda January é uma pérola. Faz lembrar muito os melhores momentos do Oasis (Champanhe Supernova) e de Mazzy Star (Fade into you). E numa rápida pesquisa em resenhas on line notei duas coisas curiosas: a unanimidade em afirmar que é um álbum incrível e o impacto que esse álbum causou nas pessoas que o ouviram (e que passam a ouvi-lo repetidamente, como eu...).

A principal preocupação aqui é com a construção de uma ambientação musical, de uma atmosfera, através de músicos super competentes e uma produção musical impecável. As guitarras, especialmente as slides, são incríveis. O guitarrista Sarah Peacock é peça chave nesse álbum em suas interpretações, tal como o compositor e cantor de todas as canções Simon McLean.

Pessoalmente adoro as leves e deliciosamente envolventes "Through Your Skies" e "Eyes all mine". Mas fica muito claro que a música central desse álbum é "Falling In". Nove minutos hipnotizantes de uma música atemporal, intensa e maravilhosa.

Descobri January numa prateleira de promoções da gravadora Trama. Foram R$ 6,00 muito bem gastos... E a escolha foi aleatória, sem nenhuma referência além da bela capa e do nome, Janeiro, mês de meu nascimento e aniversário. E esse é para mim um álbum que tem muita importância... Daqueles que é ótimo e adorado do começo ao fim.

Bacon!



January - i herad myself in you (2001)

1. All Time
2. Through Your Skies
3. Contact Light
4. I Heard Myself in You, Pt. 2
5. Invisible Lines
6. Sequences Start
7. Eyes All Mine
8. Projections
9. Falling In
10. Fused