21 de dezembro de 2007

Rufus does Judy

Rufus, no caso, é RUFUS WAINWRIGHT, filho de LOUDON WAINWRIGHT (já postei um álbum dele aqui), gay assumido, cantor talentoso e compositor elogiadíssimo pela qualidade, criatividade, pela mistura que faz de elementos de música pop, clássica, com um clima meio teatral, meio cabaret. Judy é JUDY GARLAND, cantora e atriz, interpretou DOROTY no filme O MÁGICO DE OZ, e foi a intérprete da versão que ficou famosa do clássico "SOMEWHERE OVER THE RAINBOW". Mãe de LISA MINELLI, tornou-se ícone da cultura gay americana do pós guerra.

O álbum acaba de ser lançado e é o registro de uma performance ao vivo de RUFUS, acompanhado de orquestra de 36 músicos, recriando faixa a faixa o célebre álbum ao vivo de JUDY de 1961 no mesmo Carnegie Hall. O repertório é de clássicas do Songbook Americando.

Um álbum de jazz orquestrado incrível, arranjos lindos, cordas, sopros e piano, temperado com a personalidade bem humorada de Rufus e seu talento preciso. Sem exibicionismo vocal, ele refaz, nota a nota as canções gravadas por Judy.

Chamo a atenção para "
STORMY WEATHER", interpretada por MARTHA WAINWRIGHT (irmã do RUFUS) e a ótima "AFTER YOU´VE GONE". Outra ótima é a "PUTTIN´ON THE RITZ". As músicas todas são muito boas...

Habilitei os links para baixar o álbum original de Judy também, prá quem quiser conferir!


GIVE YOURSELF TO THE BACON!!!




RUFUS DOES JUDY AT CARNEGIE HALL (2007)


RUFUS PARTE 1/ PARTE 2
JUDY PARTE 1/ PARTE 2

DISC 1
1. Overture: The Trolley Song/Over The Rainbow/The Main That Got Away
2. When You're Smiling (The Whole World Smiles With You)
3. Medley: Almost Like Being In Love/This Can't Be Love
4. Do It Again
5. You Go To My Head
6. Alone Together
7. Who Cares? (So Long As You Care For Me)
8. Puttin On The Ritz
9. How Long Has This Been Going On
10. Just You, Just Me
11. The Man That Got Away
12. San Francisco

DISC 2
1. That's Entertainment
2. I Can't Give You Anything But Love
3. Come Rain Or Come Shine
4. You're Nearer
5. A Foggy Day
6. If Love Were All
7. Zing! Went The Strings Of My Heart
8. Stormy Weather
9. Medley: You Made Me Love You/For Me And My Gal/The Trolley Song
10. Rock A Bye Your Baby With A Dixie Melody
11. Over The Rainbow
12. Swanee
13. After You're Gone
14. Chicago

OBS: Infelizmente não deu para upar os dois CDs separados. Então,
você tem que baixar as duas partes para extrair o arquivo.

17 de dezembro de 2007

The National - Boxer


Esse é o melhor álbum lançado em 2007. Sim, na minha opinião, melhor até do que o do ótimo do RADIOHEAD.

O mais recente álbum do THE NATIONAL conta com ilustres participações especiais dos alternativos SUFJAN STEVESNS nos pianos e a orquestração de PADMA NEWSOME, componente do THE CLOGS. O piano que abre o álbum em "FAKE EMPIRE", tal como as interferências no final da mesma faixa dão o tom da contribuição do SUFJAN, como a maravilhosa orquestração de "SQUALOR VICTORIA" mostram bem a contribuição de NEWSOME.

O álbum é um mergulho profundo, cada vez mais envolvente. Chama a atenção as quatro primeiras faixas do álbum, entre as melhores coisas ja feitas pela banda até hoje. Letras, melocias e arranjos incríveis.
"Fake Empire" com o desconcerto sincopado da entrada da bateria. "Mistaken For Strangers", digna da clara influência de JOY DIVISION, da qualidade madura de THE NATIONAL. Brainy, a canção de amor bipolar enlouquecido. "Squalor Victoria", perturbadíssima!

"Green gloves" é belíssima e delicada. "Start a war", dolorida canção de amor.

Mas
Se um dia eu fizer uma lista das minhas dez músicas favoritas de todos os tempos, "SLOW SHOW" sem dúvida figurará estará entre elas. Sei lá porque. A música não tem nada demais, mas é incrível, pela combinação de arranjo, melodia, interpretação, lestra genial. E sua última parte é de uma poesia única: "eu senti sua falta por 29 anos antes de te conhecer". Muito bom!!!

Portanto:
GIVE YOURSELF TO BACON!
E Feliz Natal!!



The National - Boxer (2007) (link corrigido)

1. Fake Empire
2. Mistaken For Strangers
3. Brainy
4. Squalor Victoria
5. Green Gloves
6. Slow Show
7. Apartment Story
8. Start A War
9. Guest Room
10. Racing Like A Pro
11. Ada
12. Gospel

7 de dezembro de 2007

The National - Sad Songs for dirty lovers


Eu admito: baixei esse CD por que achei a capa linda. Mas dei muita sorte! Descobri por acidente essa banda incrivelmente boa! Melodias lindas, arranjos criativos e densos, instrumentalmente elaborados, misturando elementos de folk music com guitarras distorcidas e violoninos nos momentos certos, envolvidos em letras inteligentes, poéticas, com peso e qualidade digna de "literatura", esses caras impressionam não só pela qualidade, mas pela flexibilidade: numa música o vocalista sussurra melodias amorosas, e numa outra urra furiosamente. Eles não estão a serviço de um formato. Estão a serviço da música.
Sad Songs for ditry lovers é o segundo cd da banda. Sugiro que vc comece a ouvir o cd na faixa 2, siga adiante. No meu iTunes, 9 dentre as 12 músidas desse álbum tem 5 estrelas. Não dá prá acreditar como pode ser tão bom!

Não deixe de ouvir atento: "
90-Mile Water Wall" (que arranjo!!! que solo!!!), "It Never Happened" (letra de arrepiar... minha favorita do álbum!), "Patterns of Fairytales" (a primeira que me chamou a atenção desse cd... vc acredita que a música toda gira em torno de dois acordes?!) e "Lucky You" (a segunda metade da letra desmente a idéia de amor inocente da primeira parte. Linda e muito boa!!!).

Cada música é um universo que vale a atenção. Não necessariamente na ordem do álbum, nem todo de uma vez. Sugiro doses pequenas, mas frequentes. É tiro e queda!
Em breve, mais THE NATIONAL!
GIVE YOURSELF TO BACON!



The National - Sad Songs for Dirty Lovers (2003)


1. Cardinal Song
2. Slipping Husband [Explicit]
3. 90-Mile Water Wall
4. It Never Happened
5. Murder Me Rachael
6. Thirsty
7. Available
8. Sugar Wife
9. Trophy Wife
10. Fashion Coat
11. Patterns of Fairytales
12. Lucky You

26 de novembro de 2007

Gyllene Tider - Finn 5 Fel

Desde os tempos de ABBA, a lista de grandes bandas/artistas pop provenientes da Suécia não para de crescer. Desde os mais conhecidos The Cardigans, Roxette, Ace of Base, Neneh Cherry, até os menos famosos, mas bem conhecidos pelos moderninhos de plantão como Acid House Kings, Jens Leckman, The Concretes, Hell on Whells, Peter Bjorn and John...
No começo dos anos 80, surgiu o GYLLENE TIDER que, mais importante por ter sido a banda que revelou o músico PER GESSLE ao mundo do que por sua qualidade musical, a banda teve dois álbuns de grande sucesso comercial e esfriou. No entanto, foi uma banda de grande sucesso de massa, especialmente entre as adolecentes. Com a popularidade do vocalista e principal compositor da banda, talentosíssimo em criar melodias pop, PER GESSLE iniciou carreira solo para logo depois formar o ROXETTE, com MARIE FREDRIKSSON.
Esse álbum é fruto de uma reunião dos membros do GYLLENE em 2004, comemorando os 25 anos (!) da banda. O álbum é todo de inéditas, todas de autoria do senhor GESSLE, e em sueco. 
Ótimo álbum! A banda na sua melhor forma, com ajuda de uma produção cuidadosa e criativa (os anos na escola de música comercial Pop ensinou muito ao senhor GESSLE e aqui é muito fácil de comprovar isso).
OBS: Reparem que na capa há um Pato!!! Patos são muuuuuito legais!!!
Chamo a atenção prá happy-go-lucky música "Solskien", para as rock "72" (ótimo teclado!) e a "En Sten Vid En Sjö I En Skog", que abre super bem o álbum!
Give Yourself to Bacon!

GYLLENE TIDER - FINN 5 FEL! (2004)
1. En Sten Vid en Sjö I en Skog
2. Solsken
3. Tuffa Tider
4. Ordinärt Mirakel
5. Ta Mej Nu Är Jag Din
6. Jag Borde Förstås Vetat Bättre
7. Du Måste Skämta
8. Nere På Gatan
9. Seventy Two
10. Ande I en Flaska
11. Varje Gång Det Regnar
12. Hjärta Utan Hem
13. Speciell
14. Har du Någonsin Sett en Dröm Gå Förbi

16 de novembro de 2007

Kula Shaker

Em 1996, no auge da competição pelas preferências entre as Brit Pop OASIS e BLUR, os anos 90 viram surgir discretamente uma banda chamada KULA SHAKER. Como o nome sugere, desevolviam a mesma idéia do ex-Beatle GEORGE HARRISON de influências musicais, filosóficas/espirituais indianas. No entanto, o que prometia ser uma mistura new-wave-mela-cueca mostrou-se uma séria e podereosa banda de rock, avançando anos luz (em relação ao OASIS) no quesisto Psicodismo, criatividade e talento.

Na minha opinião, uma das coisas mais legais dessa banda são, além de arranjos sempre muito bem feitos, as guitarras "sujas", distorcidas, e o harmond, que para quem não conheçe, é aquele teclado com som meio órgão, que os roqueiros, o povo do blues e do jazz adora usar, por sua sonoridade particular. E o harmond aqui é MUITO bem utilizado aqui!

Após o sucesso dos dois primeiros álbuns
K (de 1996) e PEASANTES, PIGS... (1999) , o vocalista/guitarrissta e principal compositor CRISPIAN MILLS resolveu tirar férias do KULA SHAKER e se dedidcar a projetos paralelos, como a banda THE JEEVAS. No entanto, ou pela inferioridade na óbvia comparação com o KULA SHAKER ou pela força das preces e novenas de todos os fans órfãos do KULA, a banda surpreendeu a todos ano passado retornando à ativa com um ótimo EP (RETURN OF THE KING), e esse ano com um CD genial melhor-do-que-tudo-que-eles-já-tinham-feito-até-agora.
STRANGERFOLK (2007) é um álbum maduro, com influências mais descaradas a EMERSON, LAKE AND PALMER e afins, muito criativo, e o mais interessante musicalmente e menos o afetado pelas idéias influências indianas. Uma coisa não é causa de outra, na minha opinião. Muito bem humorado, como se pode notar no refrão de "Great Dictator", em que CRISPIAN canta "i´m a dick, i´m a dick, i´m a dic-ta-tor!", fazendo trocadilho com a palavra dick que, se vc não sabe o que significa, pode me mandar um e-mail e eu explico com maiores detalhes.... (brincadeira!!! rs).

O álbum abre com as incríveis "
Out On The Highway" e "Second Sight" e fecha com a divertida "Super Cb Operator". Vale a pena conferir a versão de "6ft Down Blues" que reaparece aqui após ter sido lançada no EP de 2006, tal como "Great Dictator". Chamo a atenção para uma música discreta, mas muito muio muito boa "Fool That I Am". O harmond+guitarra do refrão é genial! É o tipo de combinação tão perfeita que faz vc entender o que significa a mágica da música. Nesse sentido, sem usar mantras ou referências tão óbvias à espriritualidade indiana, eles cumprem totalmente o papel transcendente da música, como algo que nos comunica com algo muito maior que a nossa compreensão.

Portanto: REJECT THE CHRIST! RECEIVE THE BACON!!!


KULA SHAKER - STRANGERFOLK (2007)

1. Out On The Highway
2. Second Sight
3. Die For Love
4. Great Dictator
5. Strangefolk
6. Song Of Love / Narayana
7. Shadowlands
8. Fool That I Am
9. Hurricane Season
10. Ol' Jack Tar
11. 6ft Down Blues
12. Dr Kitt
13. Super Cb Operator


KULA SHAKER - PEASANTES, PIGS & ASTRONAUTS (1999)

1. Great Hosannah
2. Mystical Machine Gun
3. S.O.S.
4. Radhe Radhe
5. I'm Still Here
6. Shower Your Love
7. 108 Battles (Of The Mind)
8. Sound Of Drums
9. Timeworm
10. Last Farewell
11. Golden Avatar
12. Namami Nanda-Nandana
13. Unknown


KULA SHAKER - K (1996)

1. Hey Dude
2. Knight On The Town
3. Temple Of Everlasting Light
4. Govinda
5. Smart Dogs
6. Magic Theatre
7. Into The Deep
8. Sleeping Jiva
9. Tattva Listen Listen
10. Grateful When You're Dead/Jerry Was There
11. 303
12. Start All Over
13. Hollow Man (Parts 1 & 2)

25 de setembro de 2007

John Mayer - The Village Sessions


Gravado em um dia, no estúdio Village, em Los Angeles, esse é um EP com seis gravações de versões acústicas, enxutas, precisas, cirúrgicas, maravilhosas das seis favoritas de JOHN MAYER de seu álbum anterior CONTINUUN. É o terceiro álbum lançado na nova safra, o mais recente. E o cara consegue realmente se superar em qualidade a cada álbum. Se vc nunca ouviu John Mayer na vida, eu sugeriria que vc começasse por esse CD e depois fosse ouvir o resto.

É Genial! Chamo a atenção para
IN REPAIR e GOOD LOVE IS ON THE WAY. Vale também pela participação de BEN HARPER na gravação da primeira faixa WAITING FOR THE WORLD TO CHANGE. Sem falar na belíssima SLOW DANCING IN A BURNING ROOM, mais linda ainda acústica e intimista.

Get the bacon
HERE!



JOH MAYER - THE VILLAGE SESSIONS (2007)

1. Waiting on the World to Change (Ben Harper version)
2. Belief (acoustic version)
3. Slow Dancing in a Burning Room (acoustic version)
4. Good Love is on the Way (acoustic version)
5. I'm Gonna Find Another You (acoustic version)
6. In Repair (acoustic version)

20 de setembro de 2007

John Mayer - Continuum


Em time que está ganhando não se mexe. Certo? Depende. Depois de dois álbuns de estúdio de grande sucesso e ótima repercussão de público, crítica e vendas, JOHN MAYER deixou para trás as certezas e seguiu seu instinto musical, em pleno vôo livre ascendente. Em CONTINUUM (2006) a única continuidade é a do desenvolvimento do próprio JOHN, como cantor, compositor, músico, guitarrista e letrista, talentoso, criativo e competente.
Esse álbum nasce de um longo processo que começou a ser mais visível e marcante nas experiências dos shows com o JOHN MAYER TRIO, que virou álbum (postado AQUI). JOHN diz que em CONTINUUM ele encontrou o meio termo entre o Pop de ROOM FOR SQUARES (2001) e o Blues de TRY! JOHN MAYER TRIO (2005). Como o lugar de equilíbrio entre dois extremos por ele visitado.
Menos, sendo mais. Antes, o foco eram boas melodias, letras com boas sacadas, arranjos corretos e o talento de JOHN. O foco atual é a música como um todo. O mais difícil é ver o óbvio: que a música é um organismo, uma rede de sons, sensações e significados, que falar muito nem sempre quer dizer ser entendido, e que nem sempre bons músicos garantem que uma música seja boa. Mais cru, mais direto, mais enxuto e sintético. Menos aparência e mais conteúdo.
Chamo a atenção para GRAVITY, primeira composição dessa nova safra, divisora de águas. Falando menos, com a certeza de que as pessoas o entendem, GRAVITY tem o tom do álbum: mais esparsa, diluída, mas nem por isso menos densa.
A primeira música do álbum lhe rendeu alguma visibilidade e talvez seja a mais pop do álbum, a música de transição. Mas minhas favoritas são a fortíssima IN REPAIR, a balada SLOW DANCING IN A BURNING ROOM e a delicada, sensível e belíssima STOP THIS TRAIN. Há uma ótima cover de JIMMY HENDRIX nesse álbum: BOLD AS LOVE.
Um álbum maduro, inteligente, conciso, daqueles que, a cada audição, parece melhor do que você lembrava.
Portanto: mãos à obra! GET THE BACON HERE !!!

JOHN MAYER - CONTINUUM (2006)
1. Waiting On The World To Change
2. I Don't Trust Myself (With Loving You)
3. Belief
4. Gravity
5. The Heart Of Life
6. Vultures
7. Stop This Train
8. Slow Dancing In A Burning Room
9. Bold As Love
10. Dreaming With A Broken Heart
11. In Repair
12. I'm Gonna Find Another You

9 de setembro de 2007

John Mayer Trio - Try!

Em 16 de outubro John Mayer completará 30 anos com um currículo invejável. Em 2003, ganhou um Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Masculina pelo lançamento em 2002 do compacto Your Body Is A Wonderland do disco Room for Squares (de 2001). Em fevereiro de 2005, foi premiado em Performance Vocal Pop Masculina pela canção Daughters do disco Heavier Things (de 2003). Os seus rivais ao título eram Elvis Costello, Josh Groban, Prince e Seal. Levou também para casa o Grammy de Canção do Ano que foi entregue aos compositores de "Daughters". Ok. Ganhar um Grammy não é lá grande coisa. Mas ele já ganhou um, e eu não. Além disso, já tocou no Crossroads Guitar Festival a convite de Eric Clapton. Já fez turnês com várias bandas, incluindo Maroon 5, Guster, Counting Crows, The Wallflowers, e Teitur. Acumula em seu currículo parcerias no palco com nomes como B.B. King, Buddy Guy, Herbie Hancock, Kanye West, the Dixie Chicks e Alicia Keys.
Apesar da fama de “compositor-sensível-mela-cueca” fazendo muito sucesso com músicas na linha pop folk com muitas letras sobre relacionamentos amorosos, o compositor/ cantor/ guitarrista é um excelente músico e criativo compositor, de letras e melodias. Tocando guitarra desde os 13 anos, altamente influenciado por Jimi Hendrix e em especial por Steve Ray Vaughan, depois de dois álbuns com sonoridade e produção bastante pop, formou uma banda parelela: John Mayer Trio, com quem excursionou fazendo shows, investindo num repertório de Blues. Em outubro de 2005 o John Mayer Trio abriu um dos show para os Rolling Stones cujos ingressos foram totalmente esgotados.

O
trabalho com o repertório e os músicos ao longo dessa turnê gestou e marcou profundamente a produção e as composições de seu terceiro álbum de estúdio lançado em 2006: Continuun, o mais destoante (e interessante, ao meu ver) dos álbuns de Mayer.

Não que o que Mayer fez nos seus dois primeiros álbuns seja ruim. Muito pelo contrário. É um oásis no meio da mesmice e dos modismos do mundo pop/rock. No entanto, o interesse e a aproximação do mundo do blues, da improvisação, de menos tagarelice e mais substância, estão tornando-o cada vez melhor. E o car aé mesmo muito bom!


O álbum aqui postado é um dos registros dessa turnê lançado em 2005, que abre com a inédita Who Did You Think I Was? fazendo referência à mudança de rumo musical de John ao se afastar da música pop acústica com que ficou conhecido, e sua aproximação com o blues. Já aquecido, John manda na sequência a genial e, de longe, minha favorita do álbum: Good love is on the way, em que Mayer se mostra aluno exemplar da guitarra de Steve Ray Vaughan, chegando a te surpreender com o fato de que só há um guitarrista com uma guitarra no palco, fazendo esse barulho todo.


Duas músicas desse álbum reaparecerão no terceiro álbum de estúdio de John, Continuun, um ano depois desse cd ser lançado. As músicas são Gravity, que Mayer considera a composição divisora de águas de sua carreira e Vultures. Ambas vão sofrendo transformações e rearranjos ao longo da turnê e reaparecerão já bastante maduras e bem resolvidas na gravação de estúdio, um ano depois. Não bastasse as talentosas composições, o álbum ainda traz as inspiradas versões da manjada I Got A Woman de Ray Charles e de Wait Until Tomorrow de Hendrix. Ao fim da audição de um álbum tão bom, tão bem arranjado, com repertório tão bem selecionado, fica a surpresa de se notar que o álbum tem apenas 9 canções.


Em breve, um post com a discografia completa de John Mayer.
Por agora,
GET THE BACON HERE!
TRY! JOHN MAYER TRIO
RELEASED: 11/22/05

John Mayer - Guitar and Vocals
Steve Jordan - Drums
Pino Palladino - Bass

1. Who Did You Think I Was
2. Good Love Is On the Way
3. Wait Until Tomorrow
4. Gravity
5. Vultures
6. Out of My Mind
7. Another Kind of Green
8. I Got A Woman

9. Something's Missing
10. Daughters
11. Try