30 de setembro de 2010

Vítor Ramil e Marcos Suzano - Satolep Sambatown

Há alguns anos venho acompanhando os álbuns de Vítor Ramil e sempre me surpreendo com o quanto o cara é bom e o quanto não faz sucesso. Poeta talentosíssimo, compositor de peso, cantor competente, voz deliciosa, arranjos refinados, repertório admirado e regravado por muitos... É realmente inexplicável.
Esse é seu penúltimo álbum em parceria com o percussionista Marcos Suzano (que ganhou fama e visibilidade acompanhando Lenine e Moska, por exemplo). O álbum é excelente, do começo ao fim, e conta ainda com as participações especiais de Jorge Drexler e Kátia B
Todas as músicas são de autoria de Ramil, exceto pela letra de "a word is dead" que é uma poesia de Emily Dickinson musicada por Vitor. "A ilusão da casa" é uma das minhas favoritas, e já ganhou gravações de Rubi (2007) e Adriana Maciel (2000). "Que horas não são" é outro ponto alto do álbum e "Astronauta lírico" é uma verdadeira obra prima. Minha favorita!
Bacon!
Vítor Ramil e Marcos Suzano - Satolep Sambatown (2007)
01. Livro Aberto
02. Invento
03. Viajei
04. Que Horas Não São? (com Kátia B)
05. O Copo e a Tempestade
06. A Zero por Hora (com Jorge Drexler)
07. 12 Segundos de Oscuridad
08. A Ilusão da Casa
09. Café da Manhã
10. A Word is Dead
11. Astronauta Lírico

28 de setembro de 2010

Son of a plumber

Revisitar nossas raízes faz parte do caminho natural do ser humano. Numa certa altura, olhamos prá trás e identificamos a semente, o momento de nascimento de tudo o que somos e fazemos. E isso, quase sempre, acaba reforçando a identidade que desenvolvemos ao longo dos anos.
Foi assim que nasceu esse álbum de Per Gessle: revendo seus LPs de juventude, o impulso de compor músicas inspiradas nas sonoridades dos anos 60 e 70, bandas que ele admira e o influenciaram. Ouvimos aqui ecos de Sony and Cher e Nancy Sinatra, The Byrds, Beach Boys, Stones e tantos outros. 
O pseudônimo foi uma estratégia de liberdade artística: para dissociá-lo da referência imediata do Roxette. E esse é o grande mérito desse álbum: a liberdade de composição e a falta de compromisso com sonoridades, estéticas, estruturas musicais, público, etc. Canções instrumentais se misturam com baladas pop e canções experimentais. Temos até uma pequena sequência de canções emendadas (the junior suit).
A banda que o acompanha é de primeira: Clarecen Oferman (Roxette), Christoffer Lundquist e Jens Jansson (Braimpool) e Helena Josefsson (Sandy Mouche). O resultado é genial, um dos meus álbuns favoritos de sempre. 
Pontos altos: "C´mon" que faz lembrar Prince, a belíssima "Later, later on" que dá uma pirada no final, a deliciosa "Drowning in Wonderful Thoughts about Her" que reaparece numa reprise curta no fim do álbum e, por fim, a linda "Substitute (for the Real Deal)". 
Bacon!

Son of a plumber (Per Gessle Project) (2005)
DISC 1
1. "Drowning in Wonderful Thoughts about Her"
2. "Jo-Anna Says"
3. "I Have a Party in My Head (I Hope it Never Ends)"
4. "C'mon"
5. "Week With Four Thursdays"
6. "Hey Mr DJ (Won't You Play Another Love Song)"
7. "Late, Later On"
8. "Ronnie Lane"
The "Junior suit":
  9. "Are You an Old Hippie, Sir?"
  10. "Double-headed Elvis"
  11. "Something in the System"
  12. "Speed Boat to Cuba"
  13. "Come Back Tomorrow (And We Do it Again)"

DISC 2
1. "Kurt - The Fastest Plumber in the West"
2. "I Never Quite Got over the Fact that the Beatles Broke Up"
3. "Substitute (for the Real Deal)"
4. "Waltz for Woody"
5. "Carousel"
6. "I Like it Like That"
7. "Something Happened Today"
8. "Brilliant Career"
9. "Burned out Heart"
10. "Drowning in Wonderful Thoughts about Her" (reprise)
11. "Making Love or Expecting Rain"
12. Hidden track: Jo-anna says

25 de setembro de 2010

Eskobar - Eskobar

Esse trio de suecos que já está na estrada desde 2000, quando lançaram seu primeiro álbum. No entanto, continuam pouco conhecidos mesmo após a pequena fama com o single de 2002 "Someone new" (vídeo aqui), gravado com a cantora Heather Nova (a linha de baixo dessa música é muito legal!). 
E essa pouca fama é algo que surpreendente, por os caras fazem um som pop/ folk delicioso, inteligente, de alta qualidade, que passa desde canções mais pop (como a ótima "When You're Gone"), que fazem lembrar MUITO Coldplay, até canções super introspectivas e sombrias (como "The Art Of Letting Go", que abre o álbum de um jeito meio do avesso). 
Meus destaques são: a intensa "Immortality", a animada "Persona Gone Missing" e minha favorita absoluta: a baladinha "Devil Keeps Me Moving".
Bacon!


Eskobar - Eskobar (2006)
1. Art Of Letting Go
2. By Your Side
3. Persona Gone Missing
4. Some Of Us Got Paid
5. Whatever This Town
6. Heads Of The Gods
7. Devil Keeps Me Moving
8. When You're Gone
9. Immortality
10. Champagne

4 de setembro de 2010

Wild Beasts - two dancers

Esse ingleses foram amplamente aclamados pela qualidade e inventividade desse seu terceiro álbum na ocasião de seu lançamento em 2009. Depois de dois ótimos álbuns precedentes, esse mantém a qualidade e ainda supera as espectativas.
Canções impressionantes, bem produzidas, contagiantes, hipnóticas, com uma pegada meio experimental, meio dançante, que fazem lembrar David Bowie, TV on the radio e coisas do tipo. Ou seja: nada de apelo comercial, mas de altíssima qualidade!
Foi um dos álbuns mais frequentes em todas as listas de "melhores álbuns" de 2009. E isso é sempre um termômetro interessante porque afinal, tanta gente assim não pode estar errada! E eu acho que não está mesmo: o som deles é genial!
Bacon!

(Bacon retirado por queixa dos malas do DMCA)

Wild Beasts - two dancers (2009)
01 The Fun Powder Plot
02 Hooting and Howling
03 All the King's Men
04 When I'm Sleepy...
05 We Still Got the Taste Dancin' on Our Tongues
06 Two Dancers (i)
07 Two Dancers (ii)
08 This Is Our Lot
09 Underbelly
10 Empty Nest